Na navegação e entendimento dos ambientes, reconhecemos dois tipos de informação:
A primeira é o próprio ambiente, linhas de visão para destinos, objetos existentes que nos ajudam a manter a orientação, localizações intuitivas de entradas e saídas, até mesmo iluminação e sons.
Estes recursos introduzidos no ambiente natural ou criados pelo homem, são as chamadas ferramentas passivas de orientação. Os espaços ideais apresentam estas particularidades integradas, que promovem a orientação e compreensão.
A segunda categoria de informações de navegação são os elementos adicionados, sinais, diretórios, mapas, códigos de cores e outras ferramentas pontuais que nos guiam. Frequentemente, estes elementos são necessários para complementar e esclarecer o ambiente passivo, planeando e implementando sistemas, adicionados ou sobrepostos em lugares e espaços existentes ou concebidos.
Esta combinação de informação passiva e ativa permite a orientação nos museus, centros comerciais, aeroportos, hospitais, etc. Especialistas em wayfinding são frequentemente convidados para projetar os sinais e definir os locais de decisão.
Se os espaços não forem totalmente preparados para a circulação dos usuários, serão difíceis de navegar, mesmo com o projeto de sinalização implementado. Além disso, resultará em sinais desnecessários que criarão poluição de sinalização, consequentemente mais custos.
Os ambientes mais preparados para orientação passiva revelam a facilidade na navegação, são lugares intuitivos e autoguiados que precisam de poucos sinais direcionais, exatamente onde necessitamos e esperamos.
A realização e implementação do projeto wayfinding sustenta o propósito destas informações.

Carlos Mateus, 2021